Uma das ações desenvolvidas dentro do Programa Família Paranaense é o curso de capacitação para os participantes. Em Jardim Alegre, o Departamento de Assistência Social, que coordena o programa, em parceria com os departamentos de Educação e Saúde, iniciou, no fim do mês de maio, a capacitação das famílias. Segundo a diretora municipal de Assistência Social, Sônia Santana, o programa Família Paranaense conta com recursos financiados junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e cada município, onde ele é desenvolvido, pode solicitar cursos dentro de um arco, que no caso de Jardim Alegre, foi escolhido o arco de alimentação. Está prevista a realização dos cursos de chapista (preparo de lanches em bares, lanchonetes e restaurantes), auxiliar de cozinha, vendedor e repositor de mercadorias.A diretora destacou que a escolha desses cursos levou em consideração a possibilidade dos participantes conseguirem emprego em Jardim Alegre, já que, ao final de cada módulo, eles recebem uma certificação. O curso de chapista se encerra final do mês de junho. A partir do dia 3 de julho tem início o curso de auxiliar de cozinha. Na sequência, acontecem os cursos de vendedor e repositor de mercadorias. Os cursos vão até o dia 26 de setembro, quando deve ocorrer a formatura com a entrega dos certificados. Para cada curso, são 22 vagas, a mesma pessoa pode fazer os 4 módulos, mas para isso, precisa estar inserida no Programa Família Paranaense, que em Jardim Alegre atende 135 famílias. Além dos cursos de capacitação, a ação, que é desenvolvida no Paraná por meio da parceria com a Secretaria de Estado da Família e Desenvolvimento Social, também envolve a saúde e a educação. No caso da educação, o foco é realizar a busca ativa para evitar que crianças saiam da escola. Já no setor de saúde, com a ajuda dos agentes comunitários, é feita a busca ativa para encontrar crianças que estejam fora da escola. A diretora de Assistência Social de Jardim Alegre comentou, no entanto, que houve certa resistência de algumas famílias em participar do programa, especialmente por uma questão cultural, com medo que perder os benefícios. Sônia Santana comentou que foi necessário um amplo trabalho de convencimento, especialmente para mostrar a eles, que por se tratar de um programa, uma hora ele pode ser interrompido e assim têm a possibilidade de arrumar um emprego, e sair da situação de vulnerabilidade por conta própria.